Biodiversidade

Monitoramento e Diagnósticos

O monitoramento e as avaliações ambientais visam verificar a estrutura e a dinâmica ecológica de uma determinada área ou paisagem, servindo como ferramenta para o planejamento ambiental e territorial da empresa ou da área em avaliação.
Há ferramentas de diagnóstico pontuais, como para identificar passivos ambientais, realizar o mapeamento da área ou obter registros de espécies de fauna e flora presentes.

Há também monitoramentos ambientais mais robustos, que consistem em um estudo sistemático de todos os aspectos ambientais da área a ser estudada, incluindo análise da fauna e da flora nos remanescentes florestais e um acompanhamento dos usos do solo (seja, para agricultura, pastagem ou florestas plantadas).

Em todos os processos de diagnóstico ou monitoramento, a Casa da Floresta conta com a tecnologia, como o banco de dados georeferrenciado, e com a ampla experiência de sua equipe em monitoramento de fauna, flora e aspectos ambientais, formada por profissionais graduados, mestres e doutores em suas áreas de excelência.

Licenciamentos e Estudos Ambientais

Para a realização de um empreendimento, seja a construção de estradas, condomínios ou fábricas, e até para empreendimentos florestais como implantação de florestas nativas em áreas de reserva legal, é necessário um licenciamento ambiental.

Para o licenciamento, conte com a Casa da Floresta para a elaboração de estudos e relatórios que suportem todo o processo, seja em órgãos municipais, estaduais ou federais. Temos experiência na obtenção e acompanhamento dos seguintes estudos:

  • Licença Prévia (LP);
  • Licença de Instalação (LI);
  • Licença de Operação (LO);
  • Estudo de Impacto Ambiental (EIA);
  • Projeto Básico Ambiental (PBA);
  • Relatório Simplificado (RAS);
  • Estudo Ambiental Simplificado (EAS);
  • Relatório de Controle Ambiental (RCA);
  • entre outros.

Diagnóstico do Meio Físico

A caracterização do meio físico é parte essencial da maioria dos projetos ambientais e deve ser realizado para identificação de impactos para as atividades de diversos setores da economia.

A Casa da Floresta realiza avaliações e caracteriza sob o ponto de vista do meio físico, propriedades e atividades, produzindo materiais ilustrativos e temáticos, como mapas geológicos, geomorfológicos, pedológicos etc. Realizamos também monitoramentos de aspectos físicos, como qualidade da água e do ar.

Planos de Manejo

A Casa da Floresta desenvolve Planos de Manejo para Unidades de Conservação das diferentes categorias, como de Proteção Integral ou de Uso Sustentável, públicas ou privadas, seguindo os roteiros metodológicos de acordo com a legislação ambiental.

Os Planos de Manejo detalham as práticas adequadas para cada tipo de categoria de Unidade de Conservação, de acordo com o SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação), detalhando as práticas de conservação ambiental, da fauna e da flora e incentivando a participação das comunidades locais próximas à unidade.

Gestão Ambiental Para Fins de Certificação

A Casa da Floresta trabalha no diagnóstico da realidade ambiental e social das propriedades e realiza um planejamento estratégico de ações e atividades que estruturem a empresa para certificações internacionais e ambientais, ou para cumprir agendas socioambientais e metas de conservação.

Temos ampla atuação nas certificações florestais. Somos membros desde 2013 do FSC® (Forest Stewardship Council®) e atuamos junto a outras normas como o CCB Standards (The Climate, Community & Biodiversity Standards), ISCC (International Sustainability & Carbon Certification), Bonsucro e RenovaBio.

Nossas atividades relacionadas a sustentabilidade também atendem padrões relacionados às emissões de carbono, como a avaliação de áreas para obtenção de créditos de carbono, adotados nos projetos de REDD+ ou para avaliação de emissões, de acordo com o GHG Protocol, seguindo o padrão de verificação internacional.

Identificação de Áreas de Alto Valor de Conservação

Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC) são áreas particulares ou não que possuem características relevantes para a conservação da biodiversidade, de valores ambientais, sociais ou culturais.

A Casa da Floresta é especialista na identificação e monitoramento dos atributos de Alto Valor de Conservação, realizados através de modelagens, verificação de campo e monitoramento desses locais. Atualmente somos apoiadores oficiais da HCV Resource Network, entidade que estabeleceu os atributos que caracterizam as AAVC.

Geoprocessamento e Ecologia de Paisagem

A gestão da paisagem é parte essencial da gestão ambiental.

Realizada por meio de ferramentas de geoprocessamento, executamos serviços como mapeamento de uso e ocupação do solo, caracterização do meio físico (uso da terra, tipos de vegetação nativa, solos, hidrografia e relevo), podendo contribuir para o zoneamento ou adequação à legislação ambiental de propriedades agrícolas e florestais e de áreas de uso público.

Também gera subsídios para projetos de uso múltiplo da propriedade e planos de conservação em diversas escalas (local, municipal, estadual), como o estabelecimento de corredores ecológicos e de áreas prioritárias para conservação.
Amparados pela tecnologia, utilizamos diversos tipos de imagens de satélite como Cybers, RapidEye, Landsat, entre outras.

Também temos experiência no uso de nuvens de pontos LiDAR (Light Detection And Ranging) e com uso de outros radares e ferramentas geoespaciais, para elaboração de produtos aderentes às necessidades dos nossos clientes.

Aerolevantamentos

Para a otimização do trabalho em solo, utilizamos tecnologias de drones (ou VANT – Veículo Aéreo Não Tripulado).

Utilizado para o mapeamento de propriedades ou grandes áreas, os drones possibilitam o registro e a análise de imagens de alta qualidade que trazem dados mais precisos para a avaliação da área.

Cadastro Ambiental Rural

Como requisito legal, propriedades rurais precisam ter adequação ambiental, incluindo o Cadastro Ambiental Rural, de acordo com a lei 12.651/2012.

A Casa da Floresta realiza projetos de adequação que levam em consideração todos os usos e ocupações do solo, hidrografia, identificação de nascentes, Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais (RL), de forma a conciliar a produção econômica com a conservação da biodiversidade.

Projetos Realizados

AES TIETÊ: Coleta de sementes e produção de mudas florestais na bacia do rio Tietê

A Casa da Floresta foi responsável pelo viveiro de mudas florestais nativas junto à AES Tietê S.A, no período 2016 a 2019, realizando a produção de aproximadamente 3 milhões de mudas florestais nativas. O viveiro faz parte das instalações da Usina Hidrelétrica Mário Lopes Leão, localizada no município paulista de Promissão, cuja função é produzir mudas florestais para os programas de restauração florestal da bacia do rio Tietê.

As mudas foram produzidas em vasilhames conhecidos como tubetes, em processo que podia durar de 3 a 12 meses para que as mudas estivessem na qualidade espera para serem expedidas a campo. Mais de 100 espécies florestais nativas foram produzidas durante o triênio e foram destinadas à plantios regionais de restauração de matas nativas.

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AES TIETÊ: Monitoramento de fauna no entorno de reservatórios de Usinas Hidrelétricas

A AES Tietê Energia em parceria com a Casa da Floresta realizou entre o período de 2014 a 2018 o monitoramento da fauna em 62 áreas de estudo distribuídas no entorno de 10 reservatórios hidrelétricos localizados nas bacias do rio Grande, Tietê, Pardo e Mogi Guaçu. Estes levantamentos geraram um relevante banco de dados sobre a biodiversidade presente em áreas onde tais conhecimentos eram ausentes ou escassos. Foram encontradas 551 espécies, entre répteis, anfíbios, aves e mamíferos, havendo também uma quantidade expressiva de espécies endêmicas de bioma e ameaçadas de extinção. Os Programas de Monitoramento da Fauna permitiram verificar a ocorrência inédita de espécies de difícil registro, de maior sensibilidade aos impactos ambientais ou pouco comuns em fragmentos florestais do interior do estado de São Paulo.

Os resultados obtidos permitem retratar o cenário atual de remanescentes florestais da Mata Atlântica de interior e trazem embasamento para construção de diretrizes conservacionistas que busquem não apenas a preservação das espécies por si só, mas também a manutenção e melhoria da qualidade dos ambientes naturais. 

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AGROCORTEX: Monitoramento de fauna em áreas de exploração de impacto reduzido na Amazônia

Criada em 2014 a Agrocortex é uma empresa do setor florestal que busca aliar o manejo da floresta com a conservação da biodiversidade e geração de benefícios sociais para a sua região de atuação. Possui um dos maiores Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) do Brasil, destacando-se por ser o único em âmbito nacional com aprovação para exploração do mogno-brasileiro (Swietenia macrophylla). Desde 2014 a empresa iniciou o processo de certificação florestal do seu manejo de acordo com a norma do FSC, seguindo o padrão brasileiro denominado de “Terra Firme”, elaborado para a certificação do manejo da floresta amazônica.

Aliado aos objetivos do empreendimento em reduzir impactos e conservar a biodiversidade de suas florestas, no ano de 2016, a empresa iniciou o Programa de Monitoramento da Fauna em parceria com a Casa da Floresta. O monitoramento da fauna foi direcionado aos grupos das aves e mamíferos de médio e grande porte, os quais são considerados bons bioindicadores, sendo cientificamente bem estudados, possibilitando o direcionamento de ações de conservação e melhoria das práticas de manejo florestal.

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BIOFÍLICA: Avalição da biodiversidade no âmbito do Projeto REDD+ da Fazenda Manoa, RO

A Casa da Floresta desenvolve estudos sobre a biodiversidade inseridos em Projetos REDD+. Concebido pela Convenção das Nações Unidas, Projeto REDD+ tem o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça alterações humanas perigosas no sistema climático do planeta, assegurando que a produção de alimentos não seja ameaçada e permitindo o desenvolvimento econômico sustentável.

Inserido nesse contexto, a Casa da Floresta realizou um estudo de base para a validação de um Projeto REDD+ segundo normas internacionais de The Climate, Community and Biodiversity Alliance (CCB) a fim de orientar ações sustentáveis, articulando a produção florestal com a conservação da biodiversidade e a provisão de serviços ecossistêmicos na Fazenda Manoa, propriedade da Triângulo Pisos e Painéis, no estado de Rondônia, em um projeto com a Biofílica. Para tanto, a fauna de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) foi levantada na fazenda. Por meio dessa atividade foram indicados Altos Valores de Conservação (AVCs), como a presença de espécies ameaçadas de extinção ou concentração de espécies raras e endêmicas do sul da Amazônia. Dois cenários foram avaliados: com e sem a implantação do Projeto REDD+, sendo constatados os benefícios do Projeto no que se refere à manutenção da biodiversidade e redução de emissão de gases causadores do efeito estufa. Além disso, foi proposto um plano de monitoramento para avaliação da biodiversidade e proposição de medidas mitigadoras para o manejo madeireiro sustentável (de baixo impacto) da floresta.

Embora o manejo florestal de impacto reduzido seja menos impactante que qualquer outra atividade madeireira, como a extração ilegal, os estudos ainda são incipientes. A realização de monitoramento de longo prazo envolvendo práticas de manejo florestal e a fauna amazônica é essencial para promover práticas sustentáveis.

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BRACELL: Monitoramento de áreas em processos de restauração ambiental no centro-oeste paulista

Em 2019 a Casa da Floresta foi contratada para realizar a avaliação de áreas em processo de restauração ambiental em propriedades rurais manejadas pela Bracell Celulose S.A., localizadas na região centro-oeste do estado de São Paulo. O objetivo do trabalho foi avaliar o processo de restauração ecológica de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal de mais de 40 propriedades rurais destinas à eucaliptocultura, verificando se estão atingindo os parâmetros definidos pela normativa paulista da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo (SMA). Áreas em diferentes fitofisionomias e estágio sucessional foram visitadas pela nossa equipe, que em campo estabeleceram mais de 2.000 parcelas amostrais para monitoramento da flora nativa em processo de regeneração natural. O trabalhou revelou a diversidade florística e os locais que carecem mais esforços para promover o avanço dos processos sucessionais. 

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BRACELL: Monitoramento sazonal de fauna vinculado ao processo de licenciamento ambiental

Processos de licenciamento ambiental de empreendimentos demandam estudos específicos para avaliação de impactos em áreas direta e indiretamente afetadas pela atividade. Nesse contexto, nos anos de 2019 e 2020 a Casa da Floresta foi responsável pela execução do Monitoramento Sazonal de Fauna em fazendas da Bracell Celulose S.A., localizadas na região centro-oeste do estado de São Paulo. O monitoramento dessas áreas fez parte das exigências técnicas solicitadas pela CETESB para o licenciamento ambiental referente à ampliação da planta da Unidade Fabril da Bracell Celulose, unidade Lençóis Paulista, SP. Os estudos abrangeram amostragens dos mamíferos de médio e grande porte, avifauna, herpetofauna (anuros e répteis) e ictiofauna (peixes). 

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CASA DA FLORESTA: Viveiro de produção de mudas nativas Casa da Floresta

No ano de 2019, nossa empresa iniciou a construção do Viveiro de mudas florestais Casa da Floresta, na cidade de Piracicaba (SP). Nosso viveiro terá produção estimada de 120 mil mudas florestais nativas ao ano e pretende trabalhar com grande diversidade de mudas nativas.

A construção está em fase final e nossa produção já iniciou! Esperamos contar brevemente com projetos de restauração florestal implantados com nossas mudas florestais. 

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CBA: Inventário de fauna e laudo de flora no entorno da unidade fabril da Companhia Brasileira do Alumínio (CBA), Alumínio, SP

Em 2019 a Casa da Floresta iniciou o monitoramento da fauna e flora no entorno da unidade fabril da Companhia Brasileira de Alumínio, localizada no município de Alumínio, SP. Com área construída de aproximadamente 700 mil m², a unidade Fabril é circundada por áreas de vegetação nativa, plantios florestais e zonas urbanas. No sentido de preservar as riquezas naturais nas áreas em que atua, a Companhia investe em ações responsáveis em relação ao meio ambiente, como o uso consciente de recursos naturais, com disseminação de conhecimento e boas práticas de manejo.

Dentre as práticas conservacionistas existentes, os monitoramentos de biodiversidade se destacam, pois possibilitam identificar inferências acerca da modificação da paisagem. No estudo conduzido pela Casa da Floresta já foram registradas 185 espécies de aves no entorno da unida de fabril, incluindo espécies endêmicas da Mata Atlântica e do bioma Cerrado, como beija-flores (Phaethornis eurynome e Thalurania glaucopis) e a gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus), respectivamente. O monitoramento já revelou 16 espécies de mamíferos de médio e grande porte, sendo três emaçadas de extinção: a onça-parda (Puma concolor), a jaguatirica (Leopardus pardalis) e o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla).

O estudo em andamento revela a diversidade de ambientes existentes no entorno da unidade fabril, que condiciona elevada diversidade a ser monitorada. Com o monitoramento será possível documentar outras espécies de aves e mamíferos que provavelmente ocorrem na área, fornecendo maior conhecimento sobre sua biodiversidade, bem como informações para elaboração de medidas que maximizem a conservação de espécies e remanescentes. 

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CESP: Viveiros

A Casa da Floresta, desde 2020, é responsável pelas atividades de produção de mudas florestais nativas em dois viveiros junto à Companhia Energética de São Paulo (CESP). Serão produzidas um milhão de mudas anualmente, os viveiros fazem parte das instalações da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, localizada no município de Rosana, e da Usina Hidrelétrica Paraibuna, localizada no município de Paraibuna.

As mudas produzidas são de espécies da Mata Atlântica, Floresta estacional semidecidual e Cerrado. Elas serão destinadas para programas de fomento florestal e para restauração das bordas do reservatório da UHE de Rosana. A Casa da Florestal é responsável também pela implantação e aperfeiçoamento técnico das instalações dos viveiros, nesse sentido insere-se projetos de implantação de fertirrigação automatizada e captação e reutilização das águas afluentes. 

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CONDOMÍNIO VILLAGGIO PANAMBY: Diagnóstico e análise de risco de queda de árvores em área urbana

O tom verde do condomínio Villaggio Panamby ocupa posição de destaque em paisagem urbanizada da cidade de São Paulo, basta olhar uma imagem aérea que logo se vê uma grande área verde composta por diferentes tipos de árvores, mas o que chama a atenção, para olhos mais atentos, é o predomínio de eucaliptos, uma espécie exótica, que embora apresente grande beleza pelo seu porte e altura, causa uma série de transtornos associado à queda de seus galhos.
À vista disso, a Casa da Floresta iniciou em 2020 o mapeamento e avaliação de risco de queda de árvores de grande porte que oferecem risco de queda, bem como o levantamento de todos os exemplares de eucalipto, para posterior substituição por espécies nativas. A atividade é realizada a partir da análise externa dos indivíduos arbóreos, das condições biológicas e estruturais. Com essas informações, coletadas in loco por meio de um aplicativo desenvolvido pela Casa da Floresta, as árvores são agrupadas quanto ao grau de risco, propondo o manejo adequado para cada situação.

A Casa da Floresta também é responsável pelo diagnóstico das trilhas existentes no interior do condomínio, com o objetivo de implementar melhorias e garantir a segurança dos frequentadores. Nas trilhas identificadas estão sendo levantados e avaliados alguns aspectos, tais como a identificação e caracterização dos atrativos naturais, existência de pontos de apoio para os quais é avaliada a necessidade de melhoria ou criação de infraestrutura para maior conforto e segurança aos visitantes, identificação de potenciais fatores de degradação à biodiversidade e proposições de medidas mitigadoras.

Compete à Casa da Floresta todo o aporte técnico-científico no que tange às solicitações de autorizações para remoção de árvores com apresentação de laudo e comunicados de poda à prefeitura quando houver a necessidade, além de todo o trabalho de coleta de dados em campo, análise e elaboração de documentos complementares.

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CTG BRASIL: Diagnóstico e zoneamento ambiental no entorno dos reservatórios do rio Paraná, UHE Ilha Solteira e UHE Jupiá

Em 2019 a Casa da Floresta realizou o zoneamento ambiental do entorno dos reservatórios da UHE Ilha Solteira e UHE Jupiá, para gerar subsídios técnicos aos programas de conservação e recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e contribuir com a gestão dos reservatórios. Foi realizado o mapeamento de áreas susceptíveis a ocorrência de processos erosivos juntamente como o mapeamento das zonas ambientais existentes nas APPs e seu entorno e propostas ações de restauração ecológica das áreas degradadas. Também foi feita uma análise de ecologia de paisagem para obtenção de um panorama no entorno de 2 km após a cota de desapropriação e um estudo da composição florística e fitossociológica da região do mapeamento.

O reservatório da UHE Jupiá se estende pela divisa de dois estados, sendo eles: oeste de São Paulo e leste do Mato Grosso do Sul, entre as cidades de Castilho (SP) e Três Lagoas (MS). Compreende uma área de 241 km², 453 km de perímetro e 5,5 km de comprimento. A análise da cobertura do solo às margens do reservatório revelou que há mais de 540 hectares de áreas que precisam ser restauradas, sendo que a recomendação de manejo que englobou maior quantidade de áreas foi o plantio total, que representou 73% do total.

Em contrapartida, o reservatório da UHE Ilha Solteira abrange quatro estados: oeste de São Paulo, leste de Mato Grosso do Sul, oeste de Minas Gerais e sul de Goiás, tendo como cidade base o município de Ilha Solteira (SP). As dimensões desse reservatório são: 376 km² de área, 2.200 km de perímetro e 215 km de comprimento. Para o reservatório, a análise da cobertura do solo mostrou que há 4.938,44 hectares de áreas para restauração, onde o plantio total também se destacou como sendo a recomendação de manejo indicada para maior quantidade de área, 86,69% do total.

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CTG BRASIL: Monitoramento de Fauna e Flora no entorno de reservatórios hidrelétricos do Rio Paranapanema

Durante os anos de 2018 e 2019 a Casa da Floresta realizou o Monitoramento da Fauna e Flora de áreas restauradas presentes às margens dos reservatórios hidrelétricos do Complexo Canoas, no rio Paranapanema, entre as divisas dos estados de São Paulo e Paraná. Trata-se de um conjunto de áreas restauradas que somam mais de 1000 hectares e estão presentes nas margens dos dois reservatórios, em uma paisagem com grande tradição agrícola.

O monitoramento da flora consistiu em amostrar, tanto as árvores plantadas há quase duas décadas (estrato arbóreo), quanto as plantas jovens (estrato regenerantes), que estão se estabelecendo sob as primeiras. Assim, foi possível verificar a sustentabilidade das áreas restauradas e sua capacidade de atrair a fauna regional. Já o monitoramento da fauna, buscou levantar quais espécies de aves, mamíferos, répteis e anfíbios estão presentes nestes novos ambientes, e sua importância para a sustentabilidade da vegetação. Mais de 150 espécies da flora e mais de 200 da fauna foram identificadas neste estudo.
 

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CTG BRASIL: Monitoramento e Plano de Manejo para a Restauração Florestal do Corredor Ecológico e Corredor Florestal, UHE Rosana

A China Three Gorges Corporation (CTG), através de sua subsidiária Rio Paranapanema Energia S.A, é a concessionária de energia elétrica atualmente responsável pela operação da usina hidrelétrica (UHE) Rosana, instalada no rio Paranapanema. Esse empreendimento firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto a autarquias estaduais e federais comprometendo-se, dentre outras obrigações, a promover o isolamento de áreas denominadas Corredor Ecológico Ribeirão Inhancá – Parque Estadual Morro do Diabo (PEMD) e também a implantar o Programa de Corredores Florestais entre fragmentos florestais remanescentes e o PEMD, entre os anos de 2006 e 2011. O efetivo cumprimento do TAC foi avaliado pela Casa da Florestal, que conduziu o diagnóstico e o monitoramento da vegetação, com base nos valores de referência estabelecidos pela Resolução SMA 32/2014; bem como, elaborou o plano de manejo para promover a adequação ambiental.  

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CTG BRASIL: Programa de Fomento Florestal do Corredor Ecológico do Rio Sucuriú

Na busca contínua por melhorias na gestão ambiental dos seus empreendimentos, a CTG Brasil, uma subsidiária controlada pela China Three Gorges Corporation, tem implementado projetos que visam gerar benefícios sociais e ambientais ao longo das paisagens sob influência das usinas geradores de energia. Uma dessas iniciativas é o “Projeto Corredor Ecológico do Rio Sucuriú”, que visa ampliar a cobertura de vegetação nativa ao longo deste importante afluente do rio Paraná, conectando os fragmentos representativos na paisagem e contribuindo com a conservação da biodiversidade e provisão de serviços ecossistêmicos para a região. Dentre as linhas de ação do projeto está o “Programa de Fomento Florestal”, que tem por objetivo fomentar a restauração de áreas degradadas em parceria com as comunidades locais, instituições e proprietários rurais que queriam recuperar suas nascentes, margens de rios e Reservas Legais.

A Casa da Floresta é a empresa parceira responsável pela coordenação e implementação das ações do programa de fomento florestal. Serão doadas 85 mil mudas de espécies nativas anualmente, além da assistência técnica para implantação e condução dos projetos de restauração. O projeto teve início do ano de 2019 e todas as mudas serão produzidas no viveiro da Casa da Floresta. 

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CTG BRASIL: Restauração florestal em áreas de preservação permanente no nordeste paulista

A Casa da Floresta, em parceria com a CTG Brasil Rio Sapucaí S.A., implantou entre os anos de 2018 e 2019, um projeto de restauração florestal de 100 hectares para adequação de áreas de preservação permanente (APP), em propriedades rurais presentes na região nordeste paulista.

O projeto faz parte de compromissos ambientais da Pequena Central Hidrelétrica de Retiro, localizada no rio Sapucaí-mirim, um afluente do rio Grande. O intenso trabalho de reversão de APPs que se encontravam sem cobertura florestal vem utilizando mão-de-obra, insumos e prestação de serviços dos municípios de Guaíra e Miguelópolis, contando também com a inclusão da força de trabalho feminina em campo. O projeto encontra-se em fase de manutenção, quando as mudas plantadas recebem tratos culturais periódicos até que alcancem porte para recobrir efetivamente as margens dos rios e nascentes. Com novas matas sendo formadas, a paisagem regional poderá conciliar de forma mais harmônica a intensa produção agrícola destes municípios com a conservação da biodiversidade. 

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ELDORADO: Monitoramento de fauna e flora no entorno do site da fábrica de celulose da Eldorado Brasil

O processo de licenciamento ambiental de empreendimentos demanda estudos específicos para avaliação de impactos em áreas direta e indiretamente afetadas pela atividade humana. A fábrica de produção de celulose da Eldorado Brasil está localizada às margens do rio Paraná, na zona rural do município de Três Lagoas-MS, um dos maiores polos de produção de celulose do mundo. No entorno do site fabril existem remanescentes naturais e cursos d’água, sendo condicionante de operação do empreendimento o levantamento e monitoramento da fauna e flora silvestre presentes no entorno.

A Casa da Floresta é a empresa responsável pelo monitoramento de fauna e flora desde o ano de 2015. Os dados levantados referentes aos grupos das aves, mamíferos, répteis e anfíbios e flora têm gerado subsídios para proposição e implementação de medidas mitigadoras, além de averiguar a manutenção do uso de áreas do entorno da fábrica por uma elevada diversidade de espécies.

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ENEL: Arborização e silvicultura urbana na Grande São Paulo

Desde 2017, a Casa da Floresta desenvolve ações de implantação e manutenção de plantios em área urbana na região de concessão de operação da Enel Distribuição São Paulo. Atuar em uma área tão ampla traz muitos desafios. São adotadas as melhores técnicas e práticas necessárias ao atendimento das demandas, agregando conhecimentos e experiências resultantes de ações previamente executadas.

Para amplificar os impactos ambientais positivos ao mesmo tempo em que se ganha eficiência e se reduz custos operacionais, avalia-se a existência de sinergias entre as diferentes ações preconizadas em todas as frentes de atuação. Especial atenção é dada também às ações de comunicação e contato com a comunidade do entorno. Os envolvidos nas operações em campo possuem informações a respeito de todas as ações que serão desenvolvidas e estão capacitados a prestar esclarecimentos e acolher sugestões e questionamentos sempre que abordados. Em casos específicos, ações adicionais de comunicação são também elaboradas. 

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ENEL: Compensação florestal às margens do reservatório da Usina Hidrelétrica de Água Vermelha

A Enel é a maior concessionária de serviços de distribuição de energia elétrica presente no Brasil, onde atua em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo. Com o objetivo de compensar ações em vegetação nativa, a ENEL contratou a Casa da Floresta para implantar um projeto de restauração florestal em áreas adjacentes ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Água Vermelha, localizada no rio Grande, na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

As atividades de implantação iniciaram em 2016 com o plantio até o ano posterior de aproximadamente 60 hectares. As atividades para garantir o estabelecimento das áreas plantadas vêm sendo realizadas desde então, sendo que atualmente alguns plantios estão prestes a completar três anos de manejo. Cerca de 110 mil mudas florestais nativas regionais foram plantadas em campo, neste projeto.

Para avaliação e monitoramento da restauração estamos utilizando imagens obtidas por VANTs para identificar falhas de plantio e outros intercorrências que podem afetar o estabelecimento das mudas em campo.

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ENEL: RJ

Um dos desafios de 2020 foi a implantação do Projeto Restauração Ecológica com Sistemas Agroflorestais (SAFs) financiado pela ENEL e executado dentro do território da Área de Proteção Ambiental (APA) Cairuçú, junto à comunidade indígena Tekoa Itaxĩ Mirim, em Paraty, RJ, visando a melhoria da qualidade ambiental de áreas degradadas e a provisão de produtos alimentares e serviços ecossistêmicos, aliando benefícios ambientas aos sociais.

É importante ressaltar que as atividades seguiram o Protocolo de Consulta Prévia, um documento que visa orientar sobre como devem proceder atividades realizadas na aldeia, minimizando as interferências externas e promovendo uma relação onde prevaleça a autonomia da comunidade. A parceria com os representantes da APA Cairuçú e da FUNAI, que estiveram sempre presentes e auxiliando principalmente no contato inicial com a comunidade indígena foi de extrema importância para o bom desenvolvimento do projeto.

A Casa da Floresta esteve presente em todas as etapas do projeto, desde reuniões iniciais para alinhamento de expectativas junto às lideranças indígenas, passando pelo diagnóstico de campo e mapeamento das áreas, obtenção de mudas, definição dos modelos de plantio, até a limpeza das áreas e implantação dos SAFs que ocorreu em março, em três áreas selecionadas pela comunidade, somando 1,58 ha. A partir de então nossa equipe esteve impossibilitada de visitar a comunidade e seguir com as atividades de manutenção planejadas, devido à Pandemia de COVID-19, o que deverá ocorrer assim que possível. Apesar disso o acolhimento do projeto pela comunidade com sua efetiva participação na forma de mutirões durante as atividades demonstra um sentimento de aprovação e apropriação de toda a prática que vem ocorrendo na aldeia. Assim, temos a certeza de que o projeto já deu seus primeiros frutos no sentido de impulsionar o resgate ao trabalho na terra por homens e mulheres da aldeia, fortalecendo seu sentimento de pertencimento.

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ESTUTI ENGENHARIA: Projeto de recuperação de áreas degradadas no Parque Estadual da Serra do Mar através de Nucleação Ambiental

Com o objetivo de recuperar áreas degradadas localizadas no Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo de Caraguatatuba, a Casa da Floresta foi contratada pela Estuti Engenharia para implantar um projeto que utilizava o conceito de Nucleação Ambiental. Através de diferentes técnicas como plantio de mudas em núcleos, utilização de galharias, poleiros artificiais, transplante de mudas regenerantes nativas e plantio por semeadura direta, um conjunto de antigas áreas abertas em meio à Mata Atlântica para construção de torres de transmissão de energia elétrica, foi implantado e monitorado durante 24 meses. As ações promoveram melhorias na cobertura e estrutura de solo das áreas previstas, permitindo a retomada do processo de sucessão ecológica nas áreas anteriormente impactadas. 

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FAZENDA SANTANA: Planejamento de sistemas silviculturais multiespecíficos, inventário florestal, recomendações de manejo e pesquisa científica

Desde 2011, a Casa da Floresta executa serviços de assessoria técnica em projetos silviculturais para produção de madeira sólida no interior do Estado de São Paulo. As fazendas Sant’Ana do Monte Alegre e Conde do Pinhal, localizadas nos municípios de Descalvado e São Carlos-SP possuem experiências pioneiras de sistemas silviculturais multiespecíficos que foram desenvolvidos em parceria com a equipe técnica da Casa da Floresta.

A empresa tem realizado o monitoramento do crescimento e o desenvolvimento de sistemas produtivos que garantam menores riscos para investidores e sejam mais atrativos aos produtores rurais que precisam recompor áreas de Reserva Legal em suas propriedades. Ao longo desses oito, os dados coletados têm permitido avanços importantes para a escolha adequada de espécies e arranjos de plantio.  

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FUNDAÇÃO FLORESTAL: Plano de Manejo Integrado da Reserva Biológica e Estação Ecológica de Mogi-Guaçu

A Casa da Floresta desenvolveu o Plano de Manejo de duas Unidades de Conservação de Proteção Integral: a Reserva Biológica e Estação Ecológica de Mogi-Guaçu, que junto com a Estação Experimental de Mogi-Guaçu, compõem um complexo de fragmentos de vegetação nativa e talhões experimentais, conhecido por Fazenda Campininha, localizada no Distrito de Martinho Prado Júnior, SP. A criação deste Plano de Manejo foi desafiador, pois tinha de atender aos objetivos das Unidades de Conservação, sem perder de vista as atividades realizadas na Estação Experimental.

A partir das informações obtidas nos diagnósticos dos meios físico, biológico e social, foi criado um zoneamento ambiental que possibilitou a gestão integrada da Reserva Biológica e Estação Ecológica, com recomendações que poderiam ser aplicadas pela Estação Experimental, a fim de reduzir seu impacto sobre as Unidades de Conservação. A exemplo, a substituição de talhões de pínus e eucalipto por essências florestais nativas. Com a execução deste Plano de Manejo, incrementa-se a área destinada vegetação nativa por meio de técnicas de restauração, promove-se a conservação da biodiversidade e a educação ambiental. O planejamento contou com as parcerias do Instituto de Botânica e Instituto Florestal, ambos vinculados à Secretaria de Infraestrutura e do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, responsáveis pela implantação do Plano de Manejo Integrado.
 

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GHG

O método GHG Protocol foi desenvolvido nos Estados Unidos e hoje é o mais usado mundialmente pelas empresas e governos para a realização de inventários de gases de efeito estufa. As informações geradas nesses inventários podem ser usadas nos relatórios e questionários de iniciativas como Carbon Disclosure Project (CDP), Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 e Global Reporting Initiative (GRI). No Brasil, o programa organiza grupos de trabalho junto às empresas participantes para o aperfeiçoamento do método e desenvolvimento de novas ferramentas para contabilizar as emissões de GEE de acordo com o contexto nacional. Além disso, uma das iniciativas do Programa Brasileiro, e considerada pioneira em todo o mundo, foi a criação do Registro Público de Emissões.

Durante dois meses, os setores técnico e administrativo da Casa da Floresta trabalharam em conjunto para levantar todas as informações referentes às atividades da empresa no ano de 2019 que envolveram a emissão de GEEs e as categorizaram segundo 3 escopos. No Escopo 1 foram consideradas as emissões resultantes de atividades diretamente relacionadas à empresa, como: emissões relacionadas à frota, fertilização em atividades agrícolas e as emissões fugitivas em ar condicionado. No Escopo 2 foram contabilizadas as emissões relacionadas ao uso de energia elétrica que, no cenário da empresa (sede Piracicaba) envolveu também a geração de energia devido ao uso de placas solares, poupando emissões. Já o Escopo 3 considerou as emissões indiretas que compreendeu o deslocamento de funcionários casa-trabalho, viagens a negócios e demais atividades realizadas por terceiros. Uma vez mapeadas as atividades, elas foram inseridas em uma ferramenta de cálculo específica e disponibilizada pelo GHG Protocol, que contabiliza as emissões. Diante disso, o Programa analisa as informações fornecidas e confere um selo de acordo com a robustez das mesmas.

Para a empresa, esta foi a oportunidade de olharmos o impacto de nossas atividades sobre o meio ambiente e, diante dele, repensarmos alguns procedimentos e decisões. Além disso, é crescente a demanda por atividades cada vez mais sustentáveis, o que nos leva a tentativa de tornar nossas ações o menos impactante possível. Participar do programa nos possibilitou conhecimento e acesso a instrumentos e padrões de qualidade internacional. 

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GRAS: Estudo para apoiar avaliações de Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC) e a identificação de áreas para a produção de biocombustíveis

A Casa da Floresta desenvolve, em parceria com a Global Risk Assessment Services – GRAS, o Projeto “Desenvolvimento de um protótipo GRAS para apoiar uma bioeconomia sustentável e eficiente em termos de recursos”. O projeto, que é apoiado pela Agência para Recursos Renováveis do Ministério Federal de Alimentos e Agricultura da Alemanha, pretende desenvolver abordagens para apoiar avaliações de Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC) e a identificação de áreas para a produção de biocombustíveis com baixo risco de provocar mudanças indiretas no uso do solo.

Consiste na realização de um estudo piloto para o Brasil para testar metodologias e avaliar as possibilidades de ampliar as abordagens potenciais propostas. Como resultado, espera-se a definição de uma metodologia que auxiliará de forma contundente a tomada de decisão a respeito da produção de biocombustíveis que atendam as diretrizes internacionais de conservação ambiental e possibilitem a implantação de um modelo de produção mais sustentável no país.
 

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INTERCEMENT: Avaliação socioambiental da cadeia de produção de Moinha de Carvão

O Brasil é um dos maiores produtores, e ao mesmo tempo, um dos maiores consumidores de carvão vegetal do mundo. No entanto, o crescimento do uso do carvão vegetal gera polêmica. O déficit existente entre o reflorestamento e o consumo de madeira para a produção de carvão vegetal, conduziu a um aumento da pressão sobre os remanescentes florestais, ou seja, aproximadamente 50% da matéria-prima destinada à produção de carvão vegetal é oriunda de matas nativas, em especial áreas do bioma Cerrado.

Com base nesse contexto, a InterCement, uma empresa produtora de cimento para construção civil que conta com 40 fábricas de cimento e moagens distribuídas em três continentes, solicitou à Casa da Floresta uma avaliação dos seus fornecedores de moinha de carvão, com o propósito de reduzir o risco de contratação de empresas com qualquer passivo social ou ambiental. Foi realizado diagnóstico de fornecedores de moinha e carvão, de forma a atestar que as empresas cumprem com os requisitos legais relacionados às questões ambientais e sociais. 

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IPEF: ANR

A Avaliação Nacional de Risco (ANR) é um documento que mapeia o risco de consumo de matéria-prima de base florestal oriunda de fontes consideradas inaceitáveis pelo Forest Stewardship Council (FSC) no país. Em 26 de junho de 2019, a nova versão desse documento foi aprovada pelo (FSC) Internacional e passou a vigorar desde então. Diante disso, as organizações que buscam obter madeira controlada do Brasil são obrigadas a usar a mais recente Avaliação Nacional de Risco (ANR), para se adequarem ao padrão FSC-STD-40-005 Requisitos para suprimento de Madeira Controlada FSC.

Empresas florestais podem utilizar uma porcentagem de madeira não certificada nos seus produtos. Todavia, a madeira utilizada deve ser proveniente de fontes aceitáveis pelo FSC® para que os produtos levem o selo FSC Misto. Há cinco categorias de madeira controlada inaceitáveis, ou seja, que não podem ser misturadas com os materiais certificados pelo FSC®. São elas: madeira decorrente de exploração ilegal, que viole direitos tradicionais e humanos, que ameace altos valores de conservação, que esteja relacionada à conversão de florestas e que seja proveniente de florestas com árvores geneticamente modificadas.

A Casa da Floresta, em parceria com o Programa Cooperativo de Certificação Florestal (PCCF) do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), elaborou um Guia de suporte à implantação da nova versão da Avaliação Nacional de Risco para Madeira Controlada FSC® a ser disponibilizado às empresas filiadas ao Programa para auxiliá-las durante o processo de adequação, pois houve mudanças.

Antes, o risco era avaliado para cada uma das categorias de madeira controlada, mas ficava como responsabilidade da organização certificada definir quais medidas de controle ela teria que estabelecer para mitigar esse risco. A nova ANR já traz as medidas de controle para cada risco identificado. Outra novidade é que a avaliação, antes realizada para os municípios que compunham as chamadas mesorregiões, passou a ser nacional diferenciando apenas os tipos de florestas manejadas, nativas ou plantadas. 

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IPEF: Monitoramento da fauna e flora em áreas restauradas

A Casa da Floresta implantou no ano de 2006 um projeto de restauração florestal no entorno da lagoa existente na área do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais – IPEF, localizado no município de Piracicaba-SP. Desde o ano de 2010 até os dias de hoje, os pesquisadores da Casa da Floresta têm executado o monitoramento de fauna e flora da área em processo de restauração. Este estudo é fruto do convênio técnico-científico firmado entre as duas instituições a fim de promover avanços na prática da restauração ecológica e no monitoramento do sucesso dos projetos, utilizando grupos da fauna como indicadores para avaliar as trajetórias sucessionais. Este estudo foi apresentado na VII Conferência Mundial sobre Restauração Ecológica, realizada em Foz do Iguaçu no ano de 2017 (título do trabalho: Fauna functional groups used to evaluate the successional pathways in a semideciduous seasonal forest in restoration process). Entre as atividades desenvolvidas, está a instalação de parcelas permanentes para avaliação da diversidade que há no estrato regenerante e arbóreo, bem como a estrutura e os processos ecológicos. Também é realizado o monitoramento de mamíferos e aves, incluindo atividades como a captura e anilhamento de aves, onde foi possível constatar a permanência de alguns indivíduos na localidade, sendo interpretado como um dos sucessos da restauração, pois o ambiente está possibilitando o estabelecimento de espécies de aves florestais.

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KLABIN: Identificação de áreas de alto valor de conservação e monitoramento de fauna e flora, unidades Telêmaco Borba e Angatuba

A Klabin é uma das líderes em produção de celulose, papéis e embalagens no Brasil. A empresa é referência em práticas que visam a sustentabilidade da cadeia produtiva sendo a primeira empresa na América Latina a obter a certificação FSC para plantações florestais e a primeira no mundo a ter produtos florestais não-madeireiros certificados. A Casa da Floresta contribui com a melhoria das práticas de manejo da Klabin e manutenção da certificação FSC. Desde 2011 são realizados estudos ambientais para identificação de Áreas de Alto Valor de Conservação, monitoramentos de biodiversidade e acompanhamento da evolução de áreas em processo de restauração.

Ao longo desses 8 anos de monitoramento nos mosaicos florestais da empresa, inúmeras espécies vêm sendo registradas e a avaliação contínua tem permitido cada vez mais compreender a dinâmica de uso das plantações florestais por diversas espécies da fauna silvestre. Destaca-se neste projeto o registro de um indivíduo de onça-pintada (Panthera onca) no ano de 2016, espécie de topo de cadeia e que não era registrada na região de Telêmaco Borba a pelo menos 50 anos.

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KLABIN: Monitoramento dos projetos de restauração florestal na Unidade Telêmaco Borba

Ações de manejo visando a restauração florestal em áreas da Klabin, Unidade de Telêmaco Borba, tiveram início no ano de 2009, onde 39 polígonos ocupados por pastagem ou por espécies exóticas arbóreas, que somam cerca de 111 hectares, foram designados para restauração mediante condução da regeneração natural. Desde então, os projetos têm sido avaliados com frequência bianual, já tendo sido monitorados nos anos de 2011, 2013 e 2015. Entre os anos de 2017 e 2018, a Casa da Floresta realizou o monitoramento e avaliação da estrutura, diversidade e processos ecológicos nessas áreas. Foram alocadas 247 parcelas, distribuídas em 23 projetos, que se encontram inseridos nos municípios de Curiúva, Imbaú, Ortigueira, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania.

De modo geral, os projetos em restauração compartilham algumas características, como a estrutura florestal, estágio de regeneração e fatores de degradação. No monitoramento foram identificadas 329 espécies vegetais, distribuídas em 61 famílias botânicas distintas. Há espécies vegetais que pertencem a diferentes grupos ecológicos, sendo registrado sete espécies ameaçadas de extinção, incluindo o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), a canela-sassafrás (Ocotea odorifera), a peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron) e o pau-marfim (Balfourodendron riedelianum). Foi observado que grande parte dos projetos evoluiu positivamente, indicando que a maioria das áreas estão obtendo avanços e gradualmente criando condições propícias para o restabelecimento da floresta, que contribuiu para a provisão de recursos e serve de habitat para grande quantidade de espécies de animais, principalmente de pássaros, importantes dispersores de sementes. 

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PROJETO NASCENTES DO MUCURI: Diagnóstico e restauração em Áreas de Preservação Permanente no Estado de Minas Gerais

O Projeto Nascentes do Mucuri é uma iniciativa da Suzano S.A. e conta com a parceria de multilideranças do setor privado, ONGs, órgãos do governo e pessoas físicas, para estimular a agroecologia, a restauração ambiental e a cultura da preservação na Bacia do Rio Mucuri, com foco nas águas e na melhoria da qualidade de vida das pessoas do lugar. A Casa da Floresta é responsável pela gestão e atividades operacionais do projeto nos municípios mineiros de Malacacheta, Poté, Ladainha e Teófilo Otoni, cabeceira da Bacia do Rio Mucuri. Mais informações: https://www.nascentesdomucuri.com.br/.

A partir de parcerias com as famílias agricultoras, comunidades e entidades locais, estamos realizando ações de preservação, conservação e capacitação socioambiental por meio da extensão rural, valorizando os saberes populares regionais e visando estimular iniciativas de recuperação de áreas de preservação permanente, capacitar a população local para uma produção sustentável, aliando segurança alimentar, geração de renda e preservação ambiental e, com isso, minimizar os processos erosivos e carreamento de materiais para os cursos hídricos, aumentar a recarga de aquíferos e a disponibilidade hídrica, possibilitar o retorno da fauna e flora nativas e o reestabelecimento dos serviços ecossistêmicos em sua plenitude.

Para tanto fazemos uso de metodologias do Diagnóstico Rural Participativo, como a caminhada transversal e mapa falado, que nos ajudam a entender a realidade das famílias, e de suas propriedades, suas produções e intenções de melhorias e/ou mudanças para, assim, auxiliá-las tecnicamente por meio da assistência técnica. O uso de VANTs para obtenção de imagens de alta resolução está sendo fundamental para o planejamento das ações de melhoria nas propriedades rurais visitadas. Além disso, nesse projeto está sendo empregado o acompanhamento semestral de cada propriedade, logo, durante a execução do projeto, cada propriedade será visitada a cada seis meses para imageamento aéreo e avaliação da recuperação ambiental. Hoje o projeto possui 240 famílias rurais cadastradas, as quais apresentam um total de 367 áreas de preservação isoladas pelo projeto e que são monitoradas periodicamente com VANT. Elas somam mais de 170 hectares em recuperação ambiental, sendo executado mensalmente mais de 60 voos de imageamento para acompanhamento da recuperação destas APPs e planejamento de novas ações.

Além disso, utilizamos o VANT para imagear as propriedades das famílias parceiras pensando no planejamento das atividades rurais e no acompanhamento da evolução da alteração da paisagem, de acordo com os princípios da agroecologia. Para 2020 estimamos fazer este acompanhamento em cerca de 130 propriedades. A figura a seguir mostra algumas áreas em que o imageamento aéreo foi realizado.

Em complemento, buscando estimular e auxiliar na formação das novas gerações, desenvolvemos o Programa de Estágio de Vivência Nascentes do Mucuri. Momento em que oferecemos aos estudantes da rede pública de ensino técnico e superior oportunidades de vivenciar a rotina das famílias agricultoras, identificando os seus desejos e propondo técnicas e meios para atingir tais objetivos. 

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RADAR: Análise de situações físicas atuais em áreas protegidas

A Casa da Florestal realizou em 2018 a análise de situações físicas atuais presentes em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL) de propriedade da RADAR, empresa responsável pela gestão imobiliária de propriedades agrícolas que perfazem mais de 300 mil hectares, distribuídas nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. O trabalho considerou a legislação vigente, e buscou apresentar subsídios técnicos para delimitar corretamente áreas destinadas à conservação e possíveis áreas de passivo ambiental, considerando um universo de 4.175,49 hectares. Nessa atividade, os olhos d’água e nascentes identificado em área de produção agrícola foram devidamente registrados e o limite da área de proteção foi aferido em campo. Como resultado, obteve-se o total de áreas protegidas que ainda carecem de ações para promover a adequação ambiental. 

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SAVIS: Gerenciamento Ambiental do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON)

Com o desafio de monitorar permanentemente os 16 mil quilômetros de fronteira seca do país, o governo e as Forças Armadas estão instalando, desde 2013, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON). Tal projeto tem como propósito fortalecer a presença e a capacidade de ação do Estado nas regiões de fronteira. Assim, tornar-se-á possível garantir um fluxo ágil e seguro de informações confiáveis e oportunas, de modo a possibilitar o exercício do comando e controle em todos os níveis de atuação do Exército Brasileiro, segundo a sua destinação constitucional, além de favorecer a interoperabilidade com diversos sistemas e órgãos de outras esferas, em especial a Polícia Federal, IBAMA, FUNAI e Defesa Civil.

A Casa da Floresta é responsável pelo licenciamento ambiental junto ao IBAMA e pela execução dos programas de mitigação e compensação ambiental do empreendimento, assegurando a sustentabilidade do projeto durante as fases de implantação e operação. Atualmente, a compensação ambiental é realizada no Parque Natural Municipal do Pombo e MONA das Lagoas, localizado no município de Três Lagoas, MS e no Parque Estadual Mata dos Segredos em Campo Grande, MS. Até o momento já foram restaurados 60,44 hectares de áreas degradas, em região de domínio do bioma Cerrado (Figura 2.1.1.4). Vale ressaltar que para esta compensação a Casa da Floresta desenvolveu uma parceria com o Assentamento 23 de Maio em Três Lagoas, em que as famílias de agricultores tiveram capacitação para produção de mudas de cerrado para o projeto, incrementando assim a renda destas famílias e diversificando a produção das mesmas. 

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Seleção e Monitoramento de Áreas de Alto Valor de Conservação

O conceito de Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVCs) tem sido discutido como uma ferramenta de gestão ambiental e social, sendo, também, um dos quesitos para a obtenção da certificação de produtos florestais, como o Forest Stewarship Council (FSC). Para tanto, são selecionadas áreas que contêm valores excepcionais dos meios biótico, físico ou social.

Há mais de 10 anos, a Casa da Floresta desenvolve e aplica métodos para a seleção e hierarquização de remanescentes que podem ser considerados AAVCs, adaptando-os em função das características da região e do empreendimento. Para tanto, são aplicadas técnicas de geoprocessamento, análises de ecologia de paisagens, avaliação de flora e fauna, diagnósticos sociais, sempre observando diretrizes de certificadoras. Dessa forma, podem ser reconhecidos seis tipos de Alto Valor de Conservação (AVCs), conforme abaixo.

Altos Valores de Conservação (extraído de Brown & Senior, 2004, Common Guidance for the Management and Monitoring High Conservation Values. HCV Resourse Network)

AVC 1: Diversidade de espécies

Concentrações de diversidade biológica incluindo espécies endêmicas, raras, ameaçadas ou em perigo de extinção significativas em nível global, regional ou nacional.

AVC 2: Ecossistemas e mosaicos em nível de paisagem

Ecossistemas, mosaico de ecossistemas extensos e paisagens florestais intactas, significativos em nível global, regional ou nacional, contendo populações viáveis da maioria das espécies de ocorrência natural em padrões naturais de distribuição e abundância.

AVC 3: Ecossistemas e hábitats

Ecossistemas, hábitats ou refúgios de biodiversidade raros, ameaçados ou em perigo de extinção.

AVC 4: Serviços ecossistêmicos

Serviços ecossistêmicos básicos em situações críticas, incluindo proteção de mananciais e controle de erosão em solos vulneráveis e vertentes.

AVC 5: Necessidades das comunidades

Áreas e recursos fundamentais para atender necessidades básicas de comunidades locais, populações indígenas ou populações tradicionais (subsistência, alimentação, água, saúde, etc.), identificadas em cooperação com estas comunidades dou populações.

AVC6: Valores culturais

Áreas, recursos, hábitos e paisagens de especial significado cultural, arqueológico ou histórico em nível global ou nacional, e/ou de importância cultural, ecológica, econômica ou religiosa para a cultura tradicional de comunidades locais, populações indígenas ou populações tradicionais, identificadas em cooperação com estas comunidades ou populações.

A Casa da Floresta já realizou a seleção ou a reavaliação de AAVCs de grandes empreendimentos florestais no Brasil, tais como: Veracel Celulose, Klabin, Suzano. Observa-se que empresas florestais certificadas, que criteriosamente selecionam áreas a serem protegidas, otimizam sua gestão socioambiental e potencializam seu sucesso na conservação da biodiversidade.

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SUZANO e VERACEL: Monitoramento Territorial Integrado BAMGES

Em 2019 a Casa da Floresta iniciou o monitoramento territorial integrado de biodiversidade denominado Projeto BAMGES, cujo nome é a sigla dos estados de abrangência das propriedades da Suzano e Veracel no sul da Bahia, norte do Espírito Santo e nordeste de Minas Gerais, ocupando a extensão de cerca de 860 mil hectares, composta por mosaicos de áreas naturais e plantações florestais, onde são monitorados aves, mamíferos e vegetação. O estudo tem como objetivo gerar informações para contribuir com a melhoria da gestão territorial e consequente direcionamento de ações concretas em prol da conservação da biodiversidade na escala regional.

Todo delineamento e método foi estabelecido pela Casa da Floresta. A expectativa é que, com o delineamento amostral padronizado e adaptado às peculiaridades de cada remanescente, as empresas otimizem recursos e tenham refinamento de informações sobre as espécies que ocorrem no território. Como possibilidades de aplicação dos dados, além de atender a critérios de certificação florestal, o BAMGES prevê o estabelecimento de parcerias para desenvolvimento da ciência e fortalecimento de outras iniciativas confluentes aos mesmos objetivos do projeto. Assim, o Projeto BAMGES engloba 26 áreas monitoradas em um ciclo inicial de três anos.

Os dados acumulados com os estudos realizados até o momento somam 1262 espécies de plantas, 44 de mamíferos e 422 de aves. Diversas dessas espécies só ocorrem na Mata Atlântica, ou seja, são endêmicas. Além disso, muitas são consideradas ameaçadas de extinção, possuindo a maior parte da distribuição atual restrita à região de abrangência do BAMGES, como o macaco-prego-de-crista (Sapajus robustus), o crejoá (Cotinga maculata) e o beija-flor balança-rabo-canela (Glaucis dohrnii). Tais informações reforçam a importância do monitoramento local, e são fundamentais para conciliar a produção silvicultural à conservação da biodiversidade. 

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SUZANO: Diagnóstico ambiental e planejamento da restauração ecológica em larga escala, unidade Imperatriz

Empresas do setor de celulose, como a Suzano, são gestoras de grandes ativos florestais em várias regiões do território nacional. Na busca pela adequação ambiental de propriedades adquiridas ou arrendadas para prática da silvicultura faz-se necessário o mapeamento detalhado das classes de uso do solo, tipologias vegetais e graus de degradação de áreas que necessitam de ações de restauração ecológica.

A Casa da Floresta contribuiu com o ajuste e detalhamento da base cartográfica de áreas protegidas e outros remanescentes naturais presentes em 232 propriedades rurais geridas pela companhia Suzano nos estados do Tocantins, Pará e Maranhão. Todas as fazendas foram pré-mapeadas remotamente e posteriormente visitadas in loco para classificação das fitofisionomias e diagnóstico de áreas degradadas. Com uso de imagens de satélite de alta resolução, detalhamento a partir uso de VANTs e equipe de campo especialista em vegetação e flora nativa, permitiu-se realizar o planejamento e priorização de ações de restauração em nível de paisagem. O resultado foi um mapeamento detalhado das classes de uso do solo, com indicação de ações de restauração específicas para cada uma das situações evidenciadas e ainda, as dimensões dos espaços físicos e seus elementos representados, como pastagens, florestas e áreas produtivas. 

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SUZANO: Diagnóstico e restauração em Áreas de Preservação Permanente no Estado de São Paulo

Em parceria com a empresa Suzano S.A. ao longo de dois anos e meio a Casa da Floresta realizou projeto que teve por objetivo diagnosticar ambientalmente e sugerir, quando necessário, recomendações técnicas para a restauração ecológica de Áreas de Preservação Permanente (APPs) degradadas. Baseado em parâmetros legais estaduais e conhecimento científico foi proposto também um plano de monitoramento das áreas em processo de restauração ecológica.

As áreas foco do projeto somaram mais de 4.200 hectares de APPs fracionadas em mais de 3.300 pequenas áreas de tamanhos variados. Tais áreas estão localizadas em 101 propriedades da Suzano S.A. distribuídas num raio de mais de 200 km no interior paulista, sendo encontradas assim diferentes fitofisionomias dos biomas Mata Atlântica e Cerrado, em variados estados de conservação, degradação ambiental e estágios de conversão de áreas com plantio de eucaliptos a áreas de vegetação nativa. 

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SUZANO: Elaboração de Projetos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADAs) para 130 fazendas, Unidade Mucuri

A empresa Suzano S.A. possui no Brasil inúmeras propriedades rurais destinadas à eucaliptocultura. Uma de suas importantes Unidades, Mucuri, está localizada na região do extremo sul da Bahia, abrangendo também pequenas porções dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Dado o histórico de uso e ocupação do solo na região, parte das propriedades, tanto as pertencentes à própria Suzano como aquelas em regime de arrendamento, possuem áreas degradadas nos limites de suas Áreas de Proteção Permanentes (APPs) e de Reservas Legais (RLs).

Considerando a importância de se conservar os fragmentos de Mata Atlântica nesta região e a necessidade de se adequar ambientalmente frente à Lei Florestal nº 12.651/2012 e normas de certificação, como CERFLOR (Programa Brasileiro de Certificação Florestal) e FSC (Forest Stewardship Council), a Suzano em parceria com a Casa da Floresta Ambiental SS elaborou entre os anos de 2016 e 2017 Projetos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADAs) para 130 fazendas da Unidade Mucuri, cuja área de passivo ambiental soma 8.074,26 hectares, sendo 2.970,04 hectares em APP e 5.104,22 hectares em RL.

Como as áreas a serem restauradas abrangem grandes extensões, as quais se estendem ao longo de três estados brasileiros, foi observada a necessidade de definir as localidades onde as ações de restauração podem ser priorizadas, através de um planejamento em larga escala, buscando promover soluções integradas, considerando as múltiplas interações ecológicas que podem ocorrer em nível de paisagem, com o propósito de nortear ações que visem à restauração ecológica dessas áreas de passivo ambiental.

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SUZANO: Identificação de AAVCs Sociais na Unidade São Paulo

A Casa da Floresta realizou no ano de 2015 um estudo a fim de identificar no entorno dos imóveis rurais da empresa Suzano, a ocorrência de potenciais áreas com importância sociocultural crítica e/ou funções sociais essenciais às comunidades do entorno, buscando contemplar os critérios indicados nos Altos Valores de Conservação 4, 5 e 6, propostos pelo FSC. Ao todo foram visitadas 42 áreas de interesse entre elas: capelas, igrejas e cemitérios, nascentes de água, bairros e demais povoados no entorno dos imóveis da Suzano.

A área amostrada e as populações consultadas representaram de maneira consistente a realidade sociocultural existente no entorno dos imóveis da Suzano, no estado de São Paulo. Três potenciais AAVCs foram identificadas ao longo do presente estudo: duas relacionadas ao Alto Valor de Conservação 6, nas Fazendas Cachoeirinha e Sítio dos Remédios, municípios de São Luiz do Paraitinga e Paraibuna, e outra relacionada ao AVC 4, localizada na Fazenda Ibiti, município de Itararé. 

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SUZANO: LiDAR

A evolução das técnicas de imageamento tem se tornando fundamentais para a compreensão da dinâmica de uso e ocupação do solo em escala detalhada nas áreas urbanas e rurais. Atualmente, a técnica de perfilamento a laser, conhecida como LiDAR (Light Detection And Ranging) permite por meio da emissão e detecção da reflectância de milhares pulsos a laser, formar uma nuvem de pontos de uma determinada área e mensurar a elevação do terreno, a altura dos objetos presentes na superfície, auxiliando na identificação dos elementos que compõe a paisagem com grande acurácia.

Visando incorporar o estado da arte de geotecnologias em seus projetos ambientais, a Casa da Floresta vem desenvolvendo o projeto de restituição do uso e ocupação do solo, utilizando modelos digitais de superfície, terreno intensidade e hidrológico, oriundos da coleta de nuvem de pontos por uma varredura a laser aerotransportada em 694 imóveis rurais, distribuídos entre os estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, totalizando mais de 530 mil hectares. Após a restituição dos usos, será realizado o diagnóstico de campo para aferição dos usos e das nascentes propostas no mapeamento. 

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SUZANO: Monitoramento de longo prazo de fauna e flora da Fazenda Barra do Moeda, MS

A Casa da Floresta realizou um monitoramento de longo prazo das comunidades de aves, anfíbios, répteis, morcegos, mamíferos terrestres de pequeno, médio e grande porte e plantas arbustivo-arbóreas na Fazenda Barra do Moeda (Três Lagoas, MS), a qual pertencia à Fibria Celulose S. A., hoje Suzano Papel e Celulose S. A. Foram executadas 28 campanhas ao longo de 10 anos (2007-2016). O monitoramento teve como objetivo inicial avaliar potenciais impactos da operação da fábrica de celulose e do manejo do eucalipto sobre a fauna e flora. Como espécies-alvo desse monitoramento, podem ser citadas algumas ameaçadas de extinção, como: a onça-parda (Puma concolor), a anta (Tapirus terrestris), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o tatu-canastra (Priodontes maximus) e o mutum-de-penacho (Crax fasciolata).

Foi possível avaliar o estado de conservação dos remanescentes de vegetação nativa, incluindo as áreas úmidas; implantar e acompanhar processos de restauração; avaliar as comunidades de fauna e flora. Este monitoramento permitiu a proposição ações que conciliaram a produção comercial com a conservação da biodiversidade, além de atender a critérios de certificação florestal e exigências de órgãos ambientais.

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VERACEL: Monitoramento da Biodiversidade e Diagnósticos Ambientais em áreas da Veracel, sul da Bahia

Desde 2008, a Casa da Floresta executa estudos ambientais no sul da Bahia junto às fazendas de produção da Veracel Celulose S/A. Inserida em uma área de alta diversidade biológica, remanescentes representativos da Mata Atlântica foram identificados por meio de análises de geoprocessamento e levantamentos de fauna e flora. Com isso, foram selecionadas Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVCs), que são detentoras de excepcionais valores de conservação, por exemplo, a concentração de espécies ameaçadas de extinção. Posteriormente, iniciou-se o monitoramento de aves, mamíferos terrestres de médio e grande porte e plantas arbustivo-arbóreas tanto nas AAVCs quanto nos plantios de eucalipto. Adicionalmente, foram realizados diagnósticos das áreas de vegetação nativa, indicando áreas a serem restauradas com vistas à conservação da Mata Atlântica. Outro estudo foi referente às vias de acesso, com a geração de medidas mitigadoras na evidência de impactos sobre a fauna e flora.

A partir dos resultados gerados por esses trabalhos, tem sido possível conciliar o manejo florestal com a conservação da biodiversidade, bem como atender a critérios de certificação florestal e a apontamentos do órgão ambiental. Ainda, alguns resultados foram publicados em notas e artigos científicos, os quais você pode conferir em nosso site.

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VLI: Restauração

No Assentamento Reage Brasil em Bebedouro, estado de São Paulo, às margens da Rodovia Brigadeiro Faria Lima, foram implantados aproximadamente 6 hectares de “Muvuca”. Trata-se de um projeto idealizado pela VLI logística, implantado pela Casa da Floresta Ambiental SS, em parceria com o ITESB.

A Muvuca é uma técnica utilizada para a recuperação de áreas degradadas, e tem como objetivo iniciar o processo de formação de uma nova floresta a partir da mistura de sementes, que pode ser plantada ou lançada sobre o solo. Para isso, são utilizadas sementes de leguminosas, que atuarão na adubação verde, e sementes de árvores nativas.

Para o plantio foram utilizadas três espécies de adubação verde, o Feijão-de-porco (Canavalia ensiformes), Feijão-guandu (Cajanus cajan) e a Crotalária (Crotalaria juncea). São espécies que têm ciclo de vida curto, são fixadoras de nitrogênio, auxiliam no processo de descompactação do solo, além de promover o recobrimento rápido e fornecer matéria orgânica. No plantio das árvores nativas foram utilizadas 46 espécies que ocorrem no Cerrado, típicas da região em que o assentamento está localizado. A ideia é que as sementes germinem, formando plântulas que iniciarão o processo de sucessão ecológica. Espera-se que uma nova floresta com plantas nativas esteja estabelecida ao passar dos anos.
 

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WESTROCK: Diagnóstico e monitoramento de fauna e flora no empreendimento de manejo florestal

Desde 2016 a Casa da Floresta realiza diagnósticos e monitoramento de biodiversidade em áreas protegidas da WestRock, com intuito de garantir a conservação da fauna e flora e gerar subsídios para o empreendimento realizar boas práticas de manejo florestal. Nesse sentido, tem sido realizada coleta de informações de plantas arbustivo-arbóreas e fauna, especialmente aves e mamíferos terrestres de médio e grande porte. A diversidade encontrada na Unidade de Manejo Florestal já superou a marca de 230 espécies de plantas, 260 espécies de aves e 29 mamíferos de médio e grande porte, além de répteis e anfíbios (Figura 2.9). Adicionalmente, a Casa da Floresta vem auxiliando a WestRock no planejamento e execução do programa de monitoramento da biodiversidade, visando o cumprimento de padrões de certificação, como o padrão CERFLOR, internacionalmente reconhecido pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification), e padrão Forest Stewardship Council (FSC©), uma das principais certificações florestais do mundo. 

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