O tom verde do condomínio Villaggio Panamby, ocupa posição de destaque em paisagem urbanizada da cidade de São Paulo, basta olhar uma imagem aérea que logo se vê uma grande área verde composta por diferentes tipos de árvores, mas o que chama a atenção, para olhos mais atentos, é o predomínio de eucaliptos, uma espécie classificada como exótica, por não ser nativa do Brasil. E, embora de grande beleza pelo seu porte e altura, causa uma série de transtornos associado à queda de seus galhos, que não seria um problema em áreas naturais, mas certamente um risco para áreas compostas também por construções e onde haja trânsito constante de carros e pessoas.
Não obstante, a valorização do Villaggio Panamby está diretamente atrelada à presença de trechos de mata, com vegetação composta, além dos eucaliptos, por plantas nativas e ornamentais, que também necessitam de um diagnóstico para avaliar seu risco de queda. As matas, além de contribuírem com a manutenção dos recursos naturais, possibilitam o contato direto com a natureza no modo de vida urbano.
Visando fazer um levantamento de todas estas árvores e propor o controle e a restauração da vegetação nativa, a Casa da Floresta, empresa com mais de 20 anos no mercado de soluções ambientais, foi contratada para realizar o zoneamento ambiental das áreas verdes do condomínio, mapear e identificar todas as árvores que oferecem risco de queda e estabelecer o plano de manejo.
A avaliação de risco de queda de árvores é um componente essencial em programas de prevenção de quedas, que permite identificar os desvios e propor ações corretivas para evitar a quebra de galhos, troncos e demais estruturas vegetativas. O diagnóstico desenvolvido pela Casa da Floresta consiste na análise externa dos indivíduos arbóreos, das condições biológicas e estruturais. A partir dessas informações as árvores são agrupadas quanto ao grau de risco, propondo o manejo adequado para cada situação.
Ao mesmo tempo, a Casa da Floresta está desenvolvendo o diagnóstico das trilhas existentes no interior do condomínio, com o propósito de implementar melhorias e garantir a segurança dos frequentadores. As trilhas são utilizadas para práticas esportivas, lazer e contemplação. Constituem de caminhos importantes e o planejamento do seu uso é fundamental para ações de melhorias e de conservação. Nas trilhas identificadas estão sendo levantados e avaliados alguns aspectos, tais como a identificação e caracterização dos atrativos naturais, existência de pontos de apoio para os quais é avaliada a necessidade de melhoria ou criação de infraestrutura para maior conforto e segurança aos visitantes, identificação de potenciais fatores de degradação à biodiversidade e proposições de medidas mitigadoras.
Compete à Casa da Floresta todo o aporte técnico-científico no que tange às solicitações de autorizações para remoção de árvores com apresentação de laudo e comunicados de poda à prefeitura quando houver a necessidade, além de todo o trabalho de coleta de dados em campo, análise e elaboração de documentos complementares.
Até o presente momento já foram cadastradas mais de 1.400 árvores, entre eucalipto e espécies nativas, como açoita-cavalo (Luehea divaricata), canela-amarela (Nectandra lanceolada), embiruçu (Pseudobombax grandiflora), figueira-branca (Ficus insipida), jatobá (Hymenaea courbaril), quaresmeira (Tibouchina granulosa), tapiá (Alchornea sidifolia), entre outras espécies.
Espera-se que com este trabalho, em breve, os condôminos possam apreciar e usufruir destas áreas verdes e trilhas, sem riscos associados, contemplando árvores nativas de diferentes portes, formas e cores e toda gama de fauna associada a estas árvores.